segunda-feira, 27 de abril de 2009

Confissões


“E assim foste o contrário, o avesso do avesso
E por mais que eu me esforce, não sei bem se Te conheço.
Tu enxergas o profundo, eu insisto em ver a margem
Quando vês o coração, eu vejo a imagem.”

Música vem de inspiração, na maioria das vezes. Coisas que vêm da inspiração nos tornam mais inteligentes, na maioria das vezes.
Padre Fábio quando compôs essa obra-prima exprimiu o que sempre senti, mas nunca consegui expressar. Na primeira vez que escutei essa canção, anos atrás, essa parte fora a que mais me chamou a atenção. Na última vez que escutei, também.
Até hoje ela continua martelando toda vez que escuto. Um bate-estaca dentro da cabeça.
Fico pensando... Talvez a maior dificuldade de ser humano seja conseguir ver além das aparências. Conseguir enxergar o que a Fera tem de bela.
A sentença de que “seremos medidos na mesma medida que medimos os outros” assusta.
Como não julgar? Como não rotular? Sinceramente, considero a missão se tornando quase impossível.
Como medir alguém pelo que ele ainda pode ser? Simplesmente ignorar meus valores superficiais, minhas vãs preocupações, minhas teorias embasadíssimas, meus filtros, meu processo seletivo. Burlar tudo isso e olhar mais uma vez.
Olhar de novo e ir além da imagem, do momento, do erro que persiste.
Sinceramente, acredito que sem uma essência divina isso não é possível. E talvez essa tal essência é que tenha ajudado Jesus a escolher quem escolheu: os piores.
Os que ninguém escolhe, os que não tinham nada a oferecer em troca, os que causam vergonha.
Ele preferia os piores. E eu... eu me digo sua seguidora. Escolho os melhores.

Não espero nem me acho capaz de alcançar tamanho grau de intimidade com o ‘Cara lá de cima’. Mas queria muito descobrir um jeito de aliviar na hora do julgamento. Na hora do meu julgamento. Aquele rápido, imediato, que decreta a sentença só de olhar. Automático.
Investir um pouco mais na proximidade. Tornar a vida mais leve. Esvaziar minha bolsa abarrotada de embalagens que visto nos outros sem olhar direito seu real conteúdo.
Sinceramente, nunca o Cristianismo me pareceu tão desafiador. Tão provocativo.

Na verdade, tudo o que é bom costuma ser difícil de alcançar, na maioria das vezes.
E a realidade é que por mais que a gente se aproxime de Deus continuamos sendo humanos demais, na maioria das vezes.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Pra não dizer que não falei da Páscoa...




De fato, a Igreja é sábia ao eleger a Páscoa como sua principal festa.
São Paulo já dizia que se Cristo não ressuscitou, toda a nossa fé não passa de ilusão.
Eu concordo.
Até hoje, somente o Homem-Deus ressuscitou. É isso que o diferencia. É isso que o torna mais que um simples homem bom.
Nos resta agora ressuscitar com Ele. Provar para o mundo que a Sexta-feira não é o fim da história.
De fato, se o mundo ressuscitasse com Cristo, a história se transformaria num eterno Domingo.
Sem gostos amargos. Apenas com o doce sabor da vitória.
Quer chocolate melhor?