sábado, 21 de fevereiro de 2009

Caretice carnavalesca


Carnaval.
No Brasil, a festa da luxúria – podemos assim dizer.
O dia que antecedia a quaresma e o jejum era conhecido como Carne Vale (carnaval!), e por isso era festejado, como uma despedida dos pequenos prazeres que a carne vermelha proporciona. Era verdadeiramente a festa da carne!
Com o passar do tempo, entretanto, aqui no Brasil parece que esta festa da carne se transformou em festa de uma outra carne...
O que vemos são pessoas e hormônios ansiosos pelo feriadão.
A televisão proclama em alto e bom som: “Use camisinha!”, e pronto. Plin, plin.
Como se dissesse: “Pode dormir com quantos quiser, desde que use camisinha.”
A banalização de nossos corpos passando em horário nobre e tudo mais uma vez caindo na normalidade.
Afinal, “Transar com todo mundo no carnaval é normal...”
Bem, se isso é ser normal, prefiro continuar me dando o valor sendo diferente.
Nada contra as lindas manifestações de cultura por todo o país: o sambódromo e sua energia, os bonecões de Olinda e sua graça, os trios de Salvador e sua magia... Que continuem com sua alegria!
O que me incomoda é o senso comum de que o carnaval seja “a festa da carne” em seu sentido pejorativo. Assistir as pessoas se rebaixando em nome de uma folia.
Fazendo muito sexo, fazendo pouco amor.
São comportamentos deste tipo que mancham a sacralidade do sexo e do matrimônio.
Aliás, matrimônio? Isso ainda existe para a televisão?
Acho que não... Já devem estar achando isso muito careta para passar na novela das oito.
Vou curtir o meu carnaval à minha maneira, longe das passistas instigantes.
Ser do contra às vezes faz bem.
A massa que me perdoe, mas o “plin plin” mágico da camisinha passa, a festa acaba, a folia recolhe as serpentinas. E aí? O que sobra? Boas histórias? Não sei...
Talvez sobrem histórias sempre iguais.
É como diz a velha música...
“Ê, ô, ô, vida de gado. Povo marcado, povo feliz.”

Bom carnaval!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Felizes para sempre, por que não?


Era uma hora da manhã. Geralmente o horário em que os pensamentos sem nexo começam a pulular pela mente.
Deitada, após chegar do casamento de meus amigos, fiquei a me perguntar por que não havia desejado-lhes que fossem “felizes pra sempre” quando os cumprimentei.
Talvez por achar o voto cafona demais, talvez por não ter pensado isso na hora, talvez porque por um momento não acreditasse mais nessa história de feliz pra sempre.
O conceito de felicidade anda tão distorcido ultimamente... Abreviado, fraco, limitado.
Como se uma vida feliz se resumisse em prazeres, alegrias e dinheiro, apenas.
Não! – pensava eu, atrasando meu sono.
Uma vida feliz abre o leque da liberdade de ser gente.
De chorar ao se despedir, de ficar triste e com raiva quando as coisas não saem como esperado. Liberdade de morrer de rir, de conversar até o dia amanhecer, de amar sem ser correspondido. São essas as coisas que fazem a vida ter graça.
Ser feliz pra sempre é ser gente que aproveita cada dia. Porque o sempre é hoje.
Felicidade não significa uma vida sem obstáculos, sem quedas, sem arranhões. Felicidade é a disposição de se levantar e se divertir com o próprio tombo. Felicidade é a predisposição ao amor, sem preconceito, sem excessos.
Ser feliz é ser gente de verdade. Com nossos sofreres, nossos amores, nossas cores e coisas desbotadas.
Entristeço-me por não ter desejado aos meus amigos que fossem felizes pra sempre. Fí-lo apenas em minhas orações. Pedi e peço a Deus que nos ajude a construir o nosso sempre sendo feliz no limite do tempo.
Experimentar a felicidade nos antecipa o Eterno que muitas vezes não conseguimos compreender.
É Deus disfarçado nas miudezas da vida que nos apresenta a grandeza do Céu.
Sejamos felizes! Pra sempre!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Cá estou eu no mundo dos blogs...


Olá... Sejam bem-vindos... Pretendo expor aqui meus pensamentos, minhas observações, minha fé, meu jeito de costurar a vida. Enfim, tornar público o que costuma permanecer enjaulado na minha cabeça, salvo algumas noites em que sai para tomar a fresca na companhia de alguns amigos... Minhas doideiras, meus assuntos sérios, meu olhar sobre o mundo. Uma visão de alguém que gosta de escrever. E só. Mais uma vez, sejam bem-vindos.